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Neurologia: da lobotomia à cirurgia não invasiva


Há 78 anos, se uma pessoa sofresse de depressão ou epilepsia, teria prescrito como tratamento um dos procedimentos mais radicais já adotados pela medicina, a leucotomia, que ficou mais conhecida pelo grande público como lobotomia.

A operação consistia na inserção de dois instrumentos cortantes no cérebro, um de cada lado da cabeça. Fixados os instrumentos, ele movia-os de maneira a cortar as ligações do lobo frontal com o restante do cérebro.

Foi um neurologista português, Egas Moniz, que introduziu o “tratamento”, em 1935, quando observou num grupo de estudo melhora significativa em quadros neurológicos diversos. A técnica, então, passou a ser usada amplamente em países como Estados Unidos e Inglaterra. Moniz, inclusive, foi premiado com o Nobel de medicina por ter desenvolvido a sinistra cirurgia.

Fim da lobotomia e a nova era dos medicamentos psiquiátricos


Da popularidade ao desuso, a trajetória da lobotomia como procedimento médico foi curto. Na década de 1950, começaram a ser prescritos medicamentos para pacientes acometidos de desordens psiquiátricas, com resultados muito superiores. Mais tarde, verificou-se que os pacientes que foram submetidos às lobotomias apresentavam letargia, eram apáticos e tinham aspecto doentio.

Ficou claro, para os médicos, que faltou maior embasamento teórico para que a leucotomia pudesse ser utilizada sem maiores riscos.

Os avanços mais recentes em neurocirurgia


Felizmente a lobotomia é coisa do passado, e hoje já existe tratamento até para formas agressivas de câncer cerebral, como o glioblastoma multiforme. Para isso, uma técnica recente representa um salto enorme para a medicina, a neuronavegação, que permite rastrear um tumor ao vivo, com invasividade mínima e tempo de recuperação muito mais curto.

Um caso recente em que foi realizada neuronavegação com grande êxito foi a cirurgia para retirada de um cavernoma no jogador de futebol Leandro Castán, do Roma da Itália.

Na opinião dos médicos, a neurocirurgia é uma das especialidades médicas que apresentou os avanços mais significativos nas últimas décadas. O médico Eduardo Gutierrez, da Axiste, empresa de equipamentos médicos, enfatiza “com o aparato que o neurocirurgião tem hoje, é possível realizar cirurgias que outrora eram extremamente complexas com mínimo risco para o paciente e tempo de recuperação recorde. Lobotomia, hoje, só nos filmes”.

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